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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Florada poética

Em um jardim
De hortênsias,
O poeta
Planta seus sonhos
E colhe braçadas
De poesia.

De: Ildebrando Pereira da silva

Telegrafando

Naquela mesa de bar 
enquanto lia a revista
ele era observado
por dois telegrafistas.

Eles riam sem parar
Tomando mais uma dose,
E a conversa era feita
Através do código Morse.

Nossa que cara mais feio,
É feio como ninguém,
O outro ainda acrescenta:
Mais feio que o Frankestein.

Enquanto ainda riam,
Ele fecha sua revista,
Bate com o dedo na mesa:
Também sou telegrafista.

De: Ildebrando Perreira da Silva



Os erros da vida

Minha história foi escrita
 em um  teclado apagado
com letras confundidas
saiu tudo atrapalhado.

O lugar que era da riqueza
Pela pobreza foi invadida.
Em vez de sonhos, pesadelos,
De descanso a dura lida.

Onde deveria ser alegria
A tristeza ocupou o lugar
Onde estava a companhia
A solidão é quem veio morar.

Ah! Que vida complicada
Que tamanha confusão.
Por que não fez a escrita
Com as teclas do coração?


De: Ildebrando Pereira da Silva

domingo, 9 de outubro de 2016

REFORMA PARCIAL

Fiz uma limpeza,
Dei uma geral,
Desde a entrada
Até o fundo do quintal
Arrumei as prateleiras,
Renovei toda pintura,
Troquei o telhado,
Reforcei a estrutura.
Depois desta reforma
A casa ficou tão bela,
Mas, no meu coração
Ainda guardo as mazelas.


De: Ildebrando Pereira da Silva

Estação


Quantos trilhos,
Tiram o brilho
Dos seus filhos,
Nos desvios
Da jornada,
Desta estrada
Que é de ferro
Quando erro
De estação
Fico de plantão
Esperando a partida
Deste trem
Chamado   vida!

Ildebrando Pereira da Silva


Impregnado de saudade

Com a alma impregnada 
Por uma saudade latente,
Meu corpo espera sem vida
Pelo teu corpo ausente.